Segundo Aristóteles, nossa alma é uma e tem três "potências": viver, sentir e raciocinar. É por isso que, quando se ouve ou se vê algo que ocupe toda a potência sensitiva da alma, não é percebida a passagem do tempo.
Quando, seja por júbilo ou pesar
que a faculdade nossa experimente,
nela nossa alma inteira se empenhar,
vemos que outra nenhuma ela consente:
e isso refuta o engano de quem crê
que uma alma sobre a outra em nós se avente.
Portanto, quando se ouve algo, ou se vê,
que tenha forte a si a alma voltada,
o tempo passa sem lhe darmos fé,
porque uma é a faculdade a ele aplicada
e outra é a que nos toma a alma inteira;
aquela é solta e esta lhe é ligada.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
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